sexta-feira, 2 de setembro de 2011

. A Tragetória do Professor Fernando Figueira - IMIP





                                          Professor Fernando Figueira

Há uma certeza em minha vida tão cheia de dúvidas e inquietações: a de que a força do mundo está na criança”, Professor Fernando Figueira.


Fernando Jorge Simão dos Santos Figueira,  mais conhecido  como    Professor Fernando Figueira   nasceu em 1919.    Ainda muito  pequeno,    quando tinha apenas dois anos de idade, perdeu seu pai, Joaquim Figueira. Dona Alice, mãe de Fernando, ficou com a missão de cuidar e educar, sozinha, ele e mais sete filhos. A fonte de sustento da família era o lucro proveniente das fazendas de café, em Garanhuns. Graças à boa colheita do fruto e à ajuda do irmão   mais velho, Francisco , que assumiu os negócios da família, Alice conseguiu manter o padrão de vida e garantir os estudos dos filhos.

Em 1935 Fernando ingressou na    Faculdade de   Medicina do Recife.  Aluno aplicado, obteve seu diploma aos 21 anos. Levou para sua vida profissional uma lição que aprendeu na faculdade, o respeito absoluto ao paciente. Essa lição transformou sua vida e o ajudou como médico, a melhorar a vida de milhares de pessoas.

Iniciou sua carreira profissional como clínico geral em Quebrangulo, interior de Alagoas. Em pouco tempo, Fernando já era querido pela comunidade.  Atendia aos necessitados a qualquer hora, muitas vezes sem cobrar consulta.   Muitas famílias não tinham condições de pagar e por gratidão chamavam     Fernando para batizar as crianças. Durante sete anos dedicou-se àquele povo. Em 1947 resolve morar em São Paulo para atualizar seus conceitos em medicina.

Na Universidade de São Paulo (USP) Fernando se especializou em pediatria. Foi professor assistente da cadeira de Clínica Pediátrica na Universidade. A experiência paulista durou nove anos. No início dos anos 50 conheceu sua mulher, Nanci, quando foi consultar uma criança na casa de um amigo.

Quando    voltou     a capital     pernambucana,   quase dois anos depois do casamento, abriu um consultório particular. Através de concurso,   tornou-se professor catedrático da disciplina de Pediatria da UFPE e em seguida o cargo de professor titular da Faculdade de Ciências Médicas. Ensinou em universidades do México, Estados Unidos e França como professor visitante.

Após voltar para Recife, na década de 60, reuniu 12 amigos       e idealizou a criação de um hospital escola, de pesquisa e assistência à população carente da capital pernambucana. O antigo sonho de Fernando foi concretizado no dia 13 de junho de 1960,      estava fundado     o Instituto     Materno Infantil de Pernambuco (IMIP).

Fernando transferiu para o hospital a cadeira de pediatria que lecionava na UFPE. Pela primeira vez,    professores   e     estudantes podiam se dedicar exclusivamente ao tratamento das crianças. Como hospital escola, o IMIP implantou a residência médica em pediatria.

Em 1969 foi   Secretário    de     Saúde no governo de Eraldo Gueiros. Como secretário, Fernando trouxe diversas mudanças para a saúde pernambucana. Além da construção do IMIP,   ele criou o primeiro    concurso  público  para médicos do Estado, o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), o programa de incentivo    ao aleitamento   materno, recuperou o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe), lançou o primeiro plano de Saúde Estadual, o segundo Código Sanitário do Estado, disciplinou o atendimento psiquiátrico.

Criou as instituições:     Fundação de Saúde Amaury     de Medeiros (FUSAM), Laboratório     Central de Pernambuco (LACEN), Centro    Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), Centro de Oncologia da Faculdade de Ciências Médicas (CEON),      Academia       Pernambucana  de   Medicina, Associação Pernambucana de Médicos Generalistas, Associação Brasileira de Reprodução e Nutrição     em Saúde    Materno    Infantil, Associação do Diabético Jovem, Associação   Pernambucana  de  Apoio  aos    portadores  de  Fibrose  Cística, fundação Alice Figueira de Apoio ao IMIP (FAF). Em Alagoas: Clube de Xadrez para a comunidade de Quebrangulo, Clube Cultural recreativo Monte Castelo. Recebeu ainda diversos prêmios e homenagens ao longo da sua carreira voltada à medicina social.

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